Cidade do Rio - De braços abertos como o Rio de Janeiro

Ao invés de multar, por que não conscientizar de verdade

Publicado por cidadedorio em 10/06/13 | Rio

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Por André Delacerda e Diogo Fagundes,

Distribuir papel nas ruas pregando a conscientização da população para que está não jogue lixo nas ruas não adianta, multar quem joga lixo é um paliativo, que uma hora cai por terra, principalmente numa cidade de 6 milhões de pessoas e que recebe milhares de transeuntes de cidades próximas.

Ao invés de colocar um batalhão de pessoas para coibir multando, porque não colocar essas pessoas para de fato orientar, chegar conversando.

Outra coisa importante é o retorno das lixeiras as ruas? Tem locais que andamos e não tem sequer uma lixeira. Podem justificar que foram tiradas porque estavam sendo depredadas, mas então, porque pagamos impostos? Não é para repor também o que é depredado? Certamente, não daria para por fiscais o tempo todo nas ruas para coibir depredação, mas é um processo de cabo de aço, quebra, repõe, o que a população não pode ficar é sem lixeiras para por o lixo. 

Na Europa isso pode até funcionar, de ter uma lixeira a cada 100 metros, lá a população chega a guardar o papelzinho que ia jogar fora no bolso até encontrar a lixeira, mas aqui, infelizmente temos vários fatores culturais.

Há pessoas que acham que pagam impostos e tem gari a disposição e podem jogar lixo no chão. Outras menos descuidadas que por fatores educacionais, jogam lixo por onde passam.

Combater o processo de sujeira nas ruas vem com esforço estrutural e monetário. Na coleta mais presente; no trabalho de educação de base nas escolas, principalmente porque as crianças tem o poder de persuadir os pais a mudarem seus hábitos, e eles também serão os cidadãos do amanhã.

Que vale multar um ou outro, ou uma batalhão de pessoas. Vale somente arrecadação. O que vale a pena mesmo é um processo continuo. Entre todas esferas de governos, associações, igrejas, sociedade em geral para tentar mudar esse péssimo hábito que convive conosco.

Imagina multar toda a praia em um dia de Domingo  já que no final de tarde está tão suja, isso viraria uma indústria de multas! É melhor trabalhar pela conscientização e com campanhas eficazes e menos teatrais.

Também não vale nada campanha relâmpagos no sabor de ações como essa de querer multar. Pois isso só serve de fumaça momentânea. Mudar o cidadão leva tempo, ação social sincronizada, governo que oferece infra-estrutura as ações.

Vamos pensar nisso. E começar hoje mesmo a conversar nas escolas, ambiente de trabalho, de lazer, que está cidade é nossa casa e na nossa casa não jogamos lixo. Vai demorar, mas vai surtir mais efeito do que puramente multar para gerar mídia.