Ao ouvir Regina cantar, sinto que a expressão melódica que brota do seu ser, me faz  compreender o que Platão quis dizer ao citar que o ritmo e a harmonia têm sua sede na alma e Nietzsche a dizer de que a vida sem música não tem sentido.

Regina é uma cantora que ainda precisa ser reconhecida sob a perspectiva local e mesmo nacional. A sua projeção no tempo e no espaço, vislumbra a necessidade dos atores da vida carioca que a admiram, difundir a sua arte por todos os meios e por onde passar.

Imaginem que momento único, ouvir a Regina com a força de seu canto a nos encantar, acompanhada do vai e vem das ondas a beijar as areias da praia do Leblon.

Regina, mulher negra mulher, expressão viva de uma raça, que apesar das senzalas nos deixou como legado cultural a sua musicalidade, continue na busca de seu sonho maior, que é o de viver do cantar, pois tenha a certeza, como diz uma antiga música popular, que dos morros cariocas os teus ancestrais estão a te acompanhar.

Regina vem aí! Regina vem aí! Grita nas praias de Ipanema, Leblon e Copacabana um poeta popular, como se tivesse a anunciar a todos que ali freqüentam uma nova temporada da cantora Regina nos palcos da vida na beira do mar.