Caminho de Santiago de Compostela por dois Cariocas: Berducedo – Grandas de Salime
Publicado por cidadedorio em 10/05/15 | Viagens
Pela manhã, ainda em Berducedo, Amanda sentia muitas dores no tornozelo e não podia caminhar. Decidimos que ela iria de taxi, para Gandas de Saline, cerca de 20 km de distância.
Esta decisão se mostrou muito sábia. O trecho que percorri caminhado, desde Berducedo, se mostrou bem cansativo.
Primeiro uma subida é uma descida, até a vila La Mesa. A partir de La Mesa, uma subida generosa, por uma estrada íngreme. Neste momento, uma grande descida pela floresta de pinheiros e grande desfiladeiro, de onde se pode ver a represa. O trecho até a represa é muito cansativo e, após uma parada para o lanche, tornamos a subir até Grandas de Salime. Com os amigos peregrinos, neste vale imenso, podemos perceber o quão pequeno somos.
A vila de Grandas de Salime é bem bonitinha.
Por Amanda Nogueira,
Hoje não acordei muito bem. Com tornozelos e joelhos inchados, mal podia andar. Tive que pegar um táxi para Grandas de Salime, nossa próxima cidade, pois todo o trajeto até lá é uma descida de 800 metros de altitude. É como descer a Pedra da Gávea e eu não tinha mais condições. Já na estrada, pude constatar o relevo, composto por uma cadeia de montanhas, que os aventureiros de hoje terão que enfrentar. Passamos por uma barragem muito bonita, construída com pedras em um vale. Enfim, cheguei à cidadezinha, muito simpática e convidativa. Parei em um bar, chamado Francesquin, para tomar um café com o taxista e um senhor que veio conosco. Este senhor já fez vários caminhos e o primitivo é um dos últimos, disse ele. Ele estava com os dedos machucados e por isso, não aguentaria a descida de hoje. Muito simpático, já esteve no Rio de Janeiro e em Salvador. Disse ele: “o Rio de Janeiro é precioso!” Eu também acho.
Aproveitei para conhecer a cidade, que possui uma igreja feita de pedras, um lindo parque onde fiquei parte do dia sentada na grama tomando sol e um museu etnográfico, que remonta um cenário antigo da cidade, onde se pode ver muitos objetos rústicos e conhecer um pouquinho da cultura local, por exemplo, como faziam para armazenar e manter os alimentos para o inverno, como preparar o vinho e moer os grãos de maneira muito primitiva. Enfim, fiquei encantada e corri para encontrar o Fred e lhe contar tudo o que vi.
Depois de um dia tão completo, fui direto para o albergue descansar, por recomendação do Carlos e da Bárbara, que me passaram suas experiências de outro Caminho que fizeram, o Francês.
O albergue é muito bom, camas confortáveis e calefação. Uma boa noite de descanso, tudo o que eu preciso.
Veja mais fotos bonitas deste trecho: