Por Fred Nogueira,

A noite anterior no albergue foi muito boa. Os proprietários do albergue preparam um jantar especial para todos os peregrinos. Para nós que somos vegetarianos tivemos uma maravilhosa salada de grão de bico e tortilhas. Já para nossos amigos, foi preparada a tradicional Paella.

Pela manhã, partimos caminhando, eu e Vicente, para Melide. Amanda pegou uma carona com a senhora da pausada, até Palas de Rei, mas antes brincou com as três pequeninas meninas, filhas do casal da pousada. Em seguida pegou um ônibus para Melide.

A caminhada previa a travessia de um monte. Fomos caminhado e ao longe fomos avistando moinhos e um pico com pedras brancas.

Nosso ritmo estava forte. Subimos o monte rapidamente. Já lá no alto, cerca de uns 50 metros do caminho, estava o pico com pedras bancas. Como montanhista, não resisti a aceder ao cume. Vicente ficou para tirar fotos. Fiz uma pequena escalada, nada complicada. Pude avistar toda a região. Na descida, uma vez fora das pedras, num mar de flores… e também de espinhos, escorreguei e fui ao chão. Enchi a mão de espinhos. Isso que dá fazer aventura, ganhar uma mão toda furada e, mesmo assim, um grande sorriso no rosto. Fiquei me sentindo novo, nada mais doía… Creio que por efeito da adrenalina.

Começamos a descer a montanha. Logo, fizemos uma parada em uma casinha de pedra. Lá dentro, uns hippies estavam a tocar música e vender artesanato. Fomos muito bem recebidos.

Continuamos a descer, depois a subir, depois a caminhada ficou plana, até chegarmos a Melide.

Descansamos, recarregamos as baterias. À noite, fomos a jantar com Alfredo, irmão de Vicente e um senhor Galego muito simpático.

Vejam mais fotos desse trecho: