Energia renovável: a multiplicação da sustentável
Publicado por cidadedorio em 02/09/13 | Viagens
Usina nuclear e energia eólica lado a lado
Por Diogo Fagundes e André Delacerda
Viajar pela Alemanha é viajar também pelas matrizes energéticas. Lá não encontramos as hidroelétricas tão abundantes no Brasil. O rio Reno é utilizado para navegação e se constitui em um importante corredor hidroviário.
Mas logo vem a pergunta. De onde vem a energia que move este país?
Passamos algumas horas dirigindo nas rodovias da Alemanha e começamos a obter estas respostas visualmente. A primeira delas foram as chaminés que nos remetiam a fábricas e na verdade eram usinas termoelétricas; certamente movidas a carvão, algo que soaria uma contradição num país que preza a qualidade de vida da população e tem um forte movimento verde.
Com o passar dos dias e no caminho para Würselen, descobrimos ao lado da autobahn as famosas usinas nucleares alemãs, vimos umas duas ou três se não me engano.
Usinas nucleares serão desativadas na próxima década
Enormes, soltando grandes colunas de vapor daquelas chaminés de concreto largas e grandes. Eram realmente impactantes, e prendiam a minha atenção. Ora ou outra o Diogo também as observava, já que ele tinha que prestar mais atenção ao volante.
E mais uma questão nos veio a mente. A Alemanha, após o acidente nuclear de Fukushima no Japão, tomou uma drástica medida e louvável. Resolveu gradativamente fechar suas usinas nucleares, encerrado as atividades das 17 que estão em funcionamento até o ano de 2021.
Grande usina nuclear ao lado da Autobahn A4
Sobre isso analistas já falavam na imprensa quando da decisão que as termoelétricas teriam que aumentar suas capacidades, e o país importar energia de países vizinhos. São questões que ainda pairam na nossa mente. Como um país que convive com um inverno intenso, consegue sobreviver e se desenvolver com uma fonte energética não tão abundante como as que temos no Brasil.
Certamente, eles não tomariam medidas como estas se não tivesse programas de geração de energia alternativos. A Alemanha vem investido em energia solar e eólica. Nós vimos no caminho do ICE (trem bala) Frankfurt – Colonia, muitas placas de energia solar, e começavam a aparecer os grandes cataventos, aqueles de energia eólica. Que chamavam mais atenção pelo tamanho do que pela quantidade.
Parques eólicos compõem a paisagem até Berlin
Porém, foi somente quando estávamos rumo a Berlin, na A2, que as coisas mudaram e se clarearam nas nossas mentes, sobre a questão das energias renováveis.
Dezenas, centenas de cataventos gigantes saltavam aos nossos olhos naquela paisagem gelada de final de inverno. Margeando a estrada, inúmeras fazendas ou melhor usinas de energia eólica. Uma coisa bonita de se ver. Em quase todo percusso até Berlin, os cataventos foram nossos companheiros. E os vimos também, as centenas, quando fomos a cidade de Hahn; eles estavam dessa vez na paisagem de montanha da região.
Os enormes cataventos na área rural da Alemanha
Fica o exemplo alemão da importância de se buscar energias alternativas e sustentáveis.
Assista ao vídeo da nossa aventura de dirigir na Autobahn e vejam a usina nuclear e os enormes cataventos nas autobahn A2 e A4.