Por Silvana Vargas

Neste domingo caminhei pelas ruas de Ipanema e notei que as árvores já começam a perder suas folhas. Me dei conta de que o verão vai terminando e ficam para trás os modismos e alegrias da orla. Agora é a vez das árvores. Que nos dão sombra, alimento e medicamento entre inúmeros benefícios.

Caminhando nas ruas de dentro admirei as árvores e uma ideia surgiu. Porque não plantar espécies que transformariam a cidade num grande pomar. Mangueiras, mamoeiros e tamarineiras dividiriam o espaço com as jardineiras que seriam delimitadas por pneumáticos dando utilidade aos pneus que hoje descartados, se tornam uma dor de cabeça da modernidade automotiva. Muitas são as ideias e onde estás a vontade política?

Lembrei que se aproxima a Rio +20 (na ECO-92 eu participei de muitos eventos) que vai acontecer dentro de poucos dias aqui mesmo no Rio. Tomara envelheçamos tal as árvores antigas que, dentre outras coisas, dão abrigo aos que dele necessitam. Pensando em jatobás e baobás que ainda existem escondidos neste nosso Rio eu acredito que quando o desejo desperta, o amor é a coisa mais certa.

Que venham as delegações internacionais discutir os caminhos da sustentabilidade nos próximos anos!