Preservar para se construir um futuro prospero
Publicado por SiteCidadedoRio em 19/11/12 | Site
Editorial da Semana
Por André Delacerda / Diogo Fagundes
Muito tem se falado sobre preservar o patrimônio histórico arquitetônico das cidades, principalmente de centros urbanos como o Rio de Janeiro, que possui um rico conjunto de prédio coloniais. Há ainda a temática sobre a preservação do meio ambiente neste contexto. Estrutura física urbana e meio ambiente andam lado a lado. E são fontes para se ter qualidade de vida em qualquer núcleo urbano, principalmente numa metrópole de 6 milhões de habitantes.
O constatado no último século foi que a cidade passou por grandes transformações, roupagens parisienses, destruição de boa parte de um rico conjunto de prédios históricos, e a cidade cresceu sem ordem, o desenvolvimento forçou a cidade a crescer sem um planejamento mais justo e sólido, vide o que aconteceu com o franco desenvolvimento de regiões como a Zona Oeste, e o caos que se transformou o ecossistema lagoas da Barra e Jacarepaguá.
Ninguém é contra o progresso, a modernização, mas ele não pode ser feito a qualquer custo, mesmo, porque quem o compra a qualquer custo acaba sendo prejudicado no futuro. De que vale uma cidade cheia de hotéis, mas sem um dos seus principais atrativos, a história tão falada mundo a fora. Do que vale um condomínio bacana em frente a praia, mas se a praia que antes tinha balneabilidade, a perde.
De que vale prédio de 50 andares, se amanhã eles acabam se transformando em um paredão que prejudica a circulação do ar e aumenta o microclima, trazendo incomodo para quem trabalha numa área ou reside ali.
É importante que a cidade seja planejada nos alicerces. Primeiro, com infra-estrutura básica, principalmente o saneamento, já que este proporcionará menos gastos, em reconstrução de infra-estrutura quando se instala complexos de edificações em determinadas área. É salutar, se verificar se não bastaria ter apenas dois prédios, e uma maior ventilação natural fluindo, do que quatro edificações que amanhã trariam o caos no trânsito, e no meio ambiente.
Vale ressaltar que a cidade deve ser planejada, se preservando e criando ilhas que preservem a sua história, a restauração do patrimônio histórico acaba também beneficiando o moderno que vem posteriormente, já que valoriza áreas, atrai mais cultura e maior circulação de dinheiro.
Essa talvez seja uma das ponte mais sólidas, a harmonia entre o passado e o presente.
Sem falar no processo de conscientização para o meio ambiente, que se faz não só com campanhas junto a população, mas também, junto ao setor privado, e o ensinando a ser mais racional e ecoeficiente nas suas construções.
Foto: Diogo Fagundes