A peça se baseia na mitologia da entidade Iroko, que segundo a tradição do candomblé é um orixá muito antigo. Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à

Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo. Iroko, Iroco ou Roko (do iorubá Íròkò) é um orixá cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na nação Angola ou Congo.

Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente Iroko, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam diretamente na sua ação eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios. É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.

Iroko representa a ancestralidade, os nossos antepassados, pais, avós, bisavós, etc., representa também o seio da natureza, a morada dos Orixás. Desrespeitar Iroko (a grande e suntuosa árvore) é o mesmo que desrespeitar a sua dinastia, os seus avós, o seu sangue… Iroko

representa a história do Ilê (casa), assim como do seu povo…protegendo-o sempre das tempestades.

A Clanm se utiliza dessa referência para abordar a problemática social das “identidades difusas” sujeitas às grandes tragédias humanas.

Assim, são questões centrais na peça: a mortalidade da juventude negra na América Latina, os desaparecidos, imigrantes, o Feminicídio e a Homofobia letal. Temas contemporâneos reunidos sob a égide do sobrenome “Silva” (um dos sobrenomes mais populares no Brasil com cerca de 6 milhões de pessoas no mundo, 5 milhões só de Brasileiros segundo o site britânica Forebears). A pergunta que mova a ação dramática é: “Pra onde vão os nossos Silvas?”

Ficha Técnica

Direção e Coreografia
Fábio Batista

Produção
Jéssica Yjí

Trilha Sonora e Id. Visual
Thiago Engels

Intercâmbio – Montagem
Laura Canabrava
Mário Nascimento
Zebrinha

Percussão
Kaio Ventura

Iluminação
Cristiano Ferreira

Elenco:
Felipe Araujo
Junior Andrade
Moisés Dias
Sabrina Sant’Ana
Thalita Ferreira
Viviane Santos

Datas:
Dias 28 e 29 de setembro às 20h. Dia 30 de Setembro às 18h.

Centro Coreográfico do Rio de Janeiro
Rua José Higino, 115 Tijuca – RJ