Por Amanda Nogueira,

Saímos, do albergue El Cruce, situado em La Espina, as 8 horas da manhã. O céu azul prometia um lindo dia. Ao colocarmos os pés na rua, um vento gelado, que não esperávamos, nos fez colocar rapidamente nossos casacos.

Enfim, começamos a subir a trilha, não muito íngreme, mas com o peso que carregamos, um pouco custosa. Durante o percurso avistamos muitas montanhas, com picos nevados. Também seguimos mais de perto, os moinhos geradores de energia eólica, tudo muito bonito.

Depois de andarmos uns 5km, dois senhores, peregrinos da Alemanha passaram por nós, eles estavam vindo de Salas. Muito bem preparados fisicamente, carregavam mochilas pesadas e passaram rapidamente.

Seguindo, mais adiante, precisamos parar, para dar passagem para um trator, que subia a estrada extremamente lamacenta. Foi quando notamos que seguindo o trator, haviam muitas vacas, sendo assim, decidimos ir na frente delas, que ficaram muito desconfiadas.

Durante o percurso, muita lama e tomávamos o maior cuidado para não molhar nossos pés. Sobretudo, eu, que estava caminhando de papete.

Depois de mais uns 5 km caminhando, uma surpresa. Logo atrás de nós, dois amigos que fizemos na cidade de Salas, o Vicente Alegre e o Joan. Ficamos muito felizes com a chegada deles e fomos conversando e rindo durante o restante do percurso, o que até amenizou as dores nos joelhos e o frio, pois a temperatura era de 12 graus.

Enfim, chegamos a Tineo e viemos para o albergue Matre Christi. Fomos recepcionados pelo falante e engraçado José Luiz. Como um bom espanhol, ele falava tudo muito rápido e não conseguimos entender muita coisa, respondemos com: “Si, si. Vale!” e está tudo bem.

A cidade de Tineo é um pouquinho maior do que as últimas que passamos. Aqui tem uma Cafeteria muito boa, que almoçamos e mais tarde da noite, fomos comer uma pizza e torcer pelo Barcelona, junto com nossos amigos, Joan e Vicente, apaixonados pelo futebol.

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