Jovens Cientistas
Publicado por blogcidadedorio em 17/04/12 | Destaques da Home, Site
Por André Delacerda
Dando prosseguimento as reportagens sobre ciência e tecnologia, feitas por pesquisadores e estudantes no Rio de Janeiro, hoje vamos falar da importância de se apoiar a pesquisa. Nesta reportagem também teremos uma conversa com um jovem pesquisador carioca que faz um convite ao setor empresarial a apoiar a pesquisa e tecnologia nas universidades.
As informações que nos chegam em mãos são que, o desenvolvimento dos países asiáticos está centrado em seus sistemas educacionais, numa perspectiva pedagógica de ponta a ponta, onde um de seus objetivos é a formação de jovens cientistas descobertos nas unidades de ensino superior, recebendo estes todo apoio governamental, acrescido de incentivos do empresariado que vislumbra recrutá-los após a conclusão de seus cursos.
No Brasil, apesar de todo o esforço governamental, nos parece que quando se pensa em ensino superior e de estímulo ao jovem cientista, a opção dos responsáveis pela condução do nosso sistema educacional foi a de ampliar o acesso do alunado de nível médio ao ensino superior, quer seja em unidades de ensino público ou privado, inclusive com políticas públicas de financiamento, oportunizando o aluno proveniente de família de baixa renda a esse tipo de ensino.
No entanto, e com raras exceções, não se visualiza políticas públicas que venham apoiar o desenvolvimento de projetos tecnológicos e científicos em execução por parte do alunado de Universidades Públicas, o que os tornam verdadeiros bandeirantes em busca da materialização dos conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Nesta ótica, pode-se também acrescentar, a timidez do empresariado brasileiro em apoiar tais iniciativas, esquecendo a sua maioria que o avanço tecnológico e científico observados nos países asiáticos, deve-se ao acerto da junção governo e iniciativa no investimento em educação, especialmente no que tange ao estímulo á projetos oriundos dos alunos das mais diversas universidades.
Para finalizar, sugere-se a criação de uma frente de divulgação dos projetos em andamentos em nossas universidades e a sensibilização do empresariado local e nacional, através de vários meios de comunicação, tais como as redes sociais, fóruns, etc; objetivando a sua adesão aos projetos de iniciativas cientifica e tecnológica do alunado de nossas universidades.
Finalmente, pode alguém ao ler este texto, achar que o mesmo é utópico, no sentido de algo não realizável. Porém, nos chama a atenção o sociólogo Pedro Demo, que “Quem não alimenta utopias não tem noção de criatividade, de alternativa, de mudança e de esperança”.