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Corridas, a nova febre entre os cariocas

Publicado por cidadedorio em 06/02/13 | Rio

Quase todo final de semana há uma corrida na Zona Sul ou região Central da cidade. Nos últimos dois anos, elas se multiplicaram, ganham o gosto do carioca, que passou a participar desta modalidade esportiva. Certamente, correr tendo uma paisagem como a do Rio de Janeiro como companhia é um privilégio.

Muitas corridas tem como circuito as pistas do Aterro do Flamengo que aos Domingos se transformam em área de lazer para cariocas e turistas.

A mais famosa corrida do Rio de Janeiro é a Meia Maratona do Rio de Janeiro, temos também a que homenageia São Sebastião, as das Estações, corridas motivacionais voltadas para pessoas que atuam no setor empresarial. Já tivemos até uma The Color Run.

O Cidade do Rio conversou com alguns cariocas e tentou descobrir o que lhes motiva a correr, com qual frequência fazem isso, o que mudou em suas vidas. Outra questão levantada na entrevista foi o fato de estas, estarem se tornando uma febre e por isso tem suas taxas de inscrição inflacionada. 

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O advogado Rômulo Carvalho nos contou que desde pequeno tem a influência familiar nos esportes, e que começou a correr com mais ênfase nas competições, dentre as quais os Jogos Jurídicos, depois passou a frequentar outras corridas, que segundo ele, lhe proporcionam muita saúde.

“O meu pai é militar, professor de educação física e ex-atleta do exército, hoje ele treina equipes de corredores com atletas de ponta, então teve tive o exemplo da vida no esporte através das corridas desde pequeno em casa. A minha entrada nessas competições começou com a motivação de competir no universitário, eu me formei, em direito, pela Universidade Federal do Estado do RJ e competir pela faculdade foi minha motivação inicial, mas a vontade de correr cresceu muito depois disso e hoje corro realmente porque a sensação quando você termina uma prova ou atinge um objetivo é sensacional. Hoje, as corridas representam pra mim mais saúde, uma respiração melhor, enfim, um exercício completo que já faz parte da minha vida.”

Já o Administrador Cassiano Rodriguez Reluz, começou a correr na areia buscando bem estar, mas depois tomou gosto por competições, ele nos contou como é participar de algumas delas. E inclusive classificando a corrida como um bom vício.

“Comecei correndo sozinho na areia e me sentia muito bem com isso. Era como se fosse uma yoga, na hora não pensava em nada, só queria correr e sentir a sensação de bem-estar que era muito grande depois. Nessa época não era febre essas corridas de rua e em 2011 resolvi experimentar. A minha primeira foi o Circuito das Estações Adidas, a que era mais popular. Achei muito organizado e gostei muito do clima das pessoas na corrida. Em toda corrida você recebe um chip para prender no cadarço do tênis, este chip marca o seu tempo na corrida e a sua classificação é publicada horas depois no site. Agora a corrida é como se fosse uma droga pra mim, pois fico comparando todos os meus resultados e treinando para superar os meus limites. Tentando sempre completar a corrida em um tempo menor do que na corrida anterior, ou seja, alcançar um novo recorde pessoal, é o que tem me motivado a correr.”

A arquiteta Isabelle Arkan, conta que vem participando das corridas por vários motivos, desde de para acompanhar amigos, religiosos e também como momento de descontração. Ela nos levantou uma questão importante, que antes o que custava barato, hoje já tem um custo mais inflacionado. O valor de inscrição, tem aumentado muito.

“Eu não sou atleta. Sou até bem sedentária. Mas correr é de graça! A gente pode colocar um tênis e sair andando/correndo por aí. Numa cidade que tem as paisagens do Rio, quer coisa melhor? Eu nunca gostei de correr. Mas nao tenho mais tempo de ir pra academia. To começando agora com essa história de correr. Comecei na Color Run, mais pela bagunça. Fui na São Sebastião por motivos religiosos. A de hoje fui pela companhia das amigas. Hoje não me inscrevi. Mas to curtindo de qualquer jeito. Encontro com as amigas, me exercito… Só vejo lucros. Acho que algumas corridas estão com o valor da inscrição muito cara. A de hoje custou mais de 100 reais. Sei de todos os custos. Tem que dar água, guarda-volumes, medalha, camisa, lanchinho no final… Mas o valor ja foi mais baixo. Talvez estejam inflacionando o valor da inscrição por causa do aumento das pessoas interessadas. Eu vou enquanto der. Estou gostando da experiência. Em março, vou participar do World Bike Tur. Acho a idéia ótima.”

Pelo que pudemos constatar durante a matéria, essa moda veio para ficar e é muito bem vinda, pois tem tudo haver com o Rio de Janeiro, que presa a vida saudável.