Cidade do Rio - De braços abertos como o Rio de Janeiro

Dicas culturais da semana no Rio de Janeiro

Publicado por blogcidadedorio em 18/07/12 | Site

Essa semana temos três indicações de peças de teatro e uma exposição na Cidade do Rio de Janeiro.

A comédia “Surto”, que desde 2003 faz sucesso com apresentações pelo Brasil, estará no Galpão Gamboa nos dias 20 e 21 de julho. Na forma de esquetes cômicos, a peça retrata e critica personagens e situações do cotidiano, como a socialite famosa que busca o ideal de beleza, Ângela Botox, a atriz falida Jezebel e Patrick Pax, sucesso no programa Zorra Total, com seu bordão “Olha a faca!”.

Durante a peça, os atores Flávia Guedes, Rodrigo Fagundes e Wendell Bendelack levam para o palco um humor ácido com raízes no melhor do besteirol dos anos 80. Foi assim, brincando com o fato do ser humano se permitir rir do que carrega de pior, como preconceito, luxúria, ganância e outros pecados que fazem com que a vida seja um pouco mais divertida, que o espetáculo conseguiu tantos aplausos por onde esteve.

Sucesso de público e crítica, a peça já teve participações inesquecíveis de grandes atores, como Débora Secco, Fabiana Karla, Vladmir Britcha, Cauã Raymond, Lúcio Mauro Filho (uma espécie de padrinho do grupo) e da VIP Ângela Bismarchi (que inspirou a personagem Ângela Botox).

Serviço:

“Surto” – 20 e 21 de julho, às 21h
Local: Galpão Gamboa
Endereço: Rua da Gamboa, 279 – Centro – RJ
Telefone: (21) 2516-5929
Ingressos: R$10 (inteira) / R$5 (meia) para estudantes, idosos e moradores dos bairros da Zona Portuária apresentando comprovante de residência.
Vendas de Ingressos:
– No Galpão: Terça a quinta: de 14h as 19h (Nos dias de espetáculo a bilheteria funciona das 14h até a abertura da sala ou até esgotarem os ingressos)
– Na Pequena Central (Rua Conde de Irajá, n° 98 – Botafogo): Terça a Quinta: de 10h as 16h
Capacidade do teatro: 80 lugares
Classificação etária: 12 anos
Duração: 75 min

Já na Cinelândia, o Teatro Dulcina traz uma extensa programação.

Nos dias 18 e 19; 24, 25 e 26 de julho, o Teatro Dulcina recebe a série de leituras dramatizadas: “Construindo um novo olhar para a cena brasileira”, com coordenação da atriz Léa Garcia. Cinco leituras de autores nacionais e internacionais, com a direção de cinco diferentes diretores, levam para o palco 60 atores.

O evento faz parte do encerramento do projeto de ocupação Dulcina Abraça o Sul, em parceria com o SATED (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro). A entrada é gratuita.

Programação

18 de julho, 4ª feira, às 14h: “O simpático Jeremias”, de Gastão Trojeiro. Direção de Dinho Valadares.

19 de julho, 5ª feira, às 19h: “O batizado”, do livro “Negros em contos”, de 1951, de Cuti. Direção de Dani Ornellas.

24 de julho, 3ª feira, às 19h: “O caixeiro da taverna”, de Martins Pena. Direção de João Procópio Neto.

25 de julho, 4ª feira, às 19h : “O chorinho”, de Flávio Rocha e João Procópio Neto. Direção de Flávio Rocha.

26 de julho, 5ª feira, às 19h: “Papai bom Deus”, de Louis Sapin (tradução: Luiz Octavio Moraes). Direção de Léa Garcia.

SERVIÇO

Leituras dramatizadas – “Construindo um novo olhar para a cena brasileira”
Datas: 18 e 19; 24, 25 e 26/07 (terça, quarta e quinta)
Horário: 19 horas (*somente no dia 18 a leitura acontece às 14 horas)
Local: Teatro Dulcina (Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro/ Cinelândia – Tel: (21) 2240-4879)
Telefone para contato: (21) 2220-8147 / 7194-1291 (SATED/RJ)
E-mail: satedrioemacao2012@gmail.com
Lugares: 350
Entrada gratuita

Quem curte Santa Teresa, pode encontrar uma boa opção de teatro também no bairro.

A partir de uma reflexão lúdica e poética sobre sonhos – como alcançá-los e traduzi-los em palavras? – Sara Antunes interpreta o monólogo “Sonhos para Vestir”, de sua autoria, que volta à cena carioca no dia 14 de julho, no Parque das Ruínas, em Santa Teresa. Com cenário assinado por Analu Prestes e direção de Vera Holtz, a peça estará em cartaz aos sábados e domingos, às 19h, com ingressos a R$5.

Considerada pela crítica como uma das melhores peças do Festival de Curitiba, em 2011, “Sonhos para Vestir” apresenta memórias de sua autora, a partir de sua relação com o pai, que faleceu há cinco anos. Apesar de morarem na mesma casa, pai e filha trocavam cartas com frequência com reflexões sobre a vida, utilizando citações de filósofos e poetas. Esta afetuosa relação está presente no espetáculo.

SERVIÇO
SONHOS PARA VESTIR
Local: Parque das Ruínas
Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa
Data: 19 de julho a 5 de agosto de 2012.
Horário: sábados e domingos, às 19h
Ingressos: R$5

Anita Schwartz Galeria de Arte apresenta a exposição “Arqueologia da Perda”, com obras inéditas da artista carioca Daisy Xavier, que ocupará todo o espaço expositivo da galeria. No primeiro andar, serão apresentados um conjunto formado por uma instalação com 11 lanças de madeira (uma referência ao tríptico “A Batalha de São Romano”, de Paolo Ucello, que data do século XV); 15 esculturas, feitas em madeira e vidro, que incluem uma série de três trabalhos de parede feitos com madeira, lente de aumento e  ouro e ainda seis desenhos inéditos, em tinta óleo e nanquim sobre papel. No terceiro andar, estarão uma pintura em grande formato, seis pinturas pequenas, desenhos feitos em nankim e uma escultura de madeira e vidro.

No contêiner, a artista apresentará o vídeo “Mar sem orla”, de 2010. No grande espaço térreo da galeria, com 200 metros quadrados e pé direito de mais de sete metros, Daisy Xavier apresentará cerca de 15 esculturas  inéditas, de chão e de parede, de uma nova pesquisa que a artista começou a desenvolver este ano, em que utiliza partes de móveis antigos, principalmente cadeiras. “Me interessam os veios, as curvas desses pedaços de móveis. A riqueza com a qual a madeira era esculpida antigamente dá uma ideia de fluidez e de movimento. Aproveito para abstrair o que era um móvel e criar apenas linhas, um desenho em três dimensões”, afirma. Junto a essas peças de madeira, estão objetos de vidro, todos no mesmo tom de azul, que fazem referência à água, um tema recorrente em vários outros trabalhos da artista. Esses vidros aparecem quebrados, mas sempre lembram a forma do objeto perdido. “São pedaços de vidro quebrados, mas não são cacos, eles trazem a memória de algo que se quebrou. Gosto de manter esses pedaços como se fosse um objeto que pode ser remontado.

O título da exposição ‘Arqueologia da Perda’ implica nessa possibilidade de reconstrução”. No mesmo salão, será apresentada uma serie inédita de três objetos de parede, intitulada ”Simetrias”, feita a partir de pedaços de cadeiras antigas, arredondadas, encurvadas.

Serviço:
Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea
19 de julho a 18 agosto
segunda a sexta – 10h às 20h
sábado – 12h às 18h